Semana Santa, Porto Santo

Porto Santo é uma ilha realmente pequena, e a sua costa é realmente dourada.

Já era um destino em cima da mesa há algum tempo e aproveitamos as férias do Martim na escolinha para finalmente irmos conhecer. Voamos com a TAP e reservamos quatro noite no hotel Torre Praia, em regime de alojamento e pequeno almoço.

Levamos um roteiro, maioritariamente gastronómico, com dicas de amigos. Restaurantes para todos os dias da estadia e pontos turísticos a não perder, e outros certos que não iríamos conseguir ver, por causa dos miúdos.

O aeroporto é muito pequeno, assemelha-se ao do Pico ou da Terceira, e, como a distância até ao hotel era uma caminhada de 20 minutos a descer, arriscamos e fomos a pé.

Do hotel só temos bem a dizer. Não é o 4 estrelas mais moderno do mundo mas tem todas as comodidades que se pretendem de um hotel, um bom pequeno almoço com vista para o mar, uma boa piscina com acesso direto à praia, e os funcionários, desde a recepção, às camareiras e ao pessoal de apoio, simplesmente espetaculares.

Vou apresentar o roteiro tal e qual como o fizemos, primeiros dias sem carro e últimos com carro, alugado na Five Rent, com recolha no stand e entrega no aeroporto.

Primeiro dia – Fomos conhecer Vila Baleira, a sua igreja matriz, o centro, a Casa Museu Colombo e a sua promenade a entrar mar a dentro. Almoçamos no restaurante O Forno, a tradicional espetada, e aproveitamos a piscina a tarde toda. À noite fomos a pé jantar ao Pé na Água e regressamos ao hotel. Ambos os restaurantes aprovados, a comida do Forno é ótima e o Pé na Água, além de ótimo (recomendamos o arroz de peixe), tem uma localização espetacular, como o próprio nome diz.

Segundo dia – Aproveitamos a manhã na piscina, depois de um ótimo pequeno almoço, e à hora de almoço fomos até à Vila e almoçamos no Café Apollo 14, que, não estando nos recomendados, foi uma agradável surpresa. Demos mais uma volta pelo centro e regressamos ao hotel sempre pela praia, para mais uma cansativa tarde de piscina.

O local escolhido para o jantar foi também um acaso, porque, como só tínhamos alugado carro para o dia seguinte, não queríamos ir para muito longe. Fomos ao Tábua Rasa e não dececionou.

Terceiro dia – Pequeno almoço e ir levantar o carro para iniciar o roteiro pela ilha. Alugamos de forma a ter carro para ir para o aeroporto no regresso, mas não se iludam, um dia, dois no máximo se forem fazer trilhos, é mais do que suficiente.

Dirigimo-nos à ponta norte da ilha, fomos ao miradouro da Portela, os moinhos de vento estavam em manutenção, por isso só fomos brindados pela vista de toda a ilha, de ponta a ponta. Descemos até às piscinas naturais de Porto de Frades, mas não fomos a banhos, e visitamos o núcleo museológico da Casa da Serra.

Seguimos até à zona de Porto das Salemas mas como estava mesmo muito vento acabamos por não descer até à praia.

Aproveitamos para almoçar naquela zona. Decidimo-nos pelo restaurante Estrela do Norte mas existem mais, com boas recomendações na zona, o Torres e o PXO. A comida era ótima, o atendimento excelente, a decoração muito bonita e tem uma esplanada enorme. Regressamos ao hotel e à piscina, parte preferida dos miúdos,sempre, e à noite saímos para jantar no afamado Casa d’Avó.

Quarto dia – saímos de manhã para o lado oposto da ilha, fomos à Ponta da Calheta, ao miradouro das Flores, onde, além da vista desafogada e linda, já aderiram à moda dos baloiços e nos divertimos os quatro.

Ainda arriscamos o caminho até ao Zimbralinho mas não descemos, também hoje estava muito vento de manhã. Seguimos até à zona de Morenos, onde há duas pontas com vistas desafogadas e também magníficas formações rochosas. Esta zona tem um parque de piqueniques muito bom para quem quiser aproveitar.

Dali seguimos para o Pico Ana Ferreira e as impressionantes formações de prismas basálticos, que dão umas ótimas fotografias.

De regresso ao hotel, paramos para almoçar o famoso picado no restaurante João do Cabeço. Mais uma tarde de piscina, praia e sol e guardamos o restaurante Panorama para o último jantar. A comida não desilude mas o que mais impressiona mesmo é a fantástica vista, junto ao Miradouro da Portela, onde havíamos ido no dia anterior. O Panorama só abre ao jantar.

Com muita pena nossa, não provamos as famosas e originais lambecas, os miúdos comeram umas de um loja mas creio que não será bem a mesma coisa porque segundo dizem, as do Sr.José, no quiosque na praça central é que são boas, mas tem estado fechado, talvez devido à idade avançada do proprietário.

O Rei da Poncha também nos pregou uma partida e estava fechado, portanto, também viemos embora sem provar a mais famosa Poncha da ilha.

Apesar de ser altura de férias da Páscoa o movimento era muito pouco na ilha, tanto durante o dia como à noite.

Foram quatro dias perfeitos em família com muito sol, boa comida e descanso.

Agora já sabem.

Inspirem-se.

Boas viagens.

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C.

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